segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Reino Vegetal
O Reino Vegeta ou das plantas, é caracterizado por organismos autótrofos (produzem seu próprio alimento) e clorofilados. Por meio da luz solar, realizam o processo da fotossíntese e, por esse motivo, são chamados de seres fotossintetizantes.
Vale lembrar que a fotossíntese é o processo pelo qual as plantas absorvem energia solar para produzirem sua própria energia. Isto ocorre através da ação da clorofila (pigmento associado à coloração verde das plantas) existente em seus cloroplastos.
Com efeito, devemos salientar que as plantas são a base da cadeia alimentar, denominadas produtores. São produtoras de matéria orgânica e alimentam os seres heterótrofos, ou seja, são o grupo responsável pela nutrição de diversos organismos consumidores.
Isso indica que sem a existência desses seres autótrofos, a vida na terra seria impossível.
Características Gerais do Reino Vegetal
- Eucariontes (núcleo organizado)
- Autótrofos (produzem o próprio alimento)
- Fotossintetizantes (produção da fotossíntese)
- Pluricelulares (multicelulares)
- Células formada por vacúolos, cloroplastos e celulose
Estrutura das Plantas
No tocante à sua estrutura, basicamente as plantas são formadas pela raiz (fixação e alimentação), caule (sustentação e transporte de nutrientes), folhas (fotossíntese), flores(reprodução) e frutos (proteção das sementes).

Algumas plantas possuem sementes, flores, e frutos, são divididas em angiospermas e gimnospermas. Enquanto os vegetais que não produzem sementes, flores ou frutos são divididos em briófitas e pteridófitas.
Classificação do Reino Vegetal
O Reino Vegetal é composto de plantas vasculares (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) que possuem vasos condutores de seiva, e plantas avasculares (briófitas), destituídas desses vasos.
Briófitas

São plantas de pequeno porte que não recebem luz direta do sol, uma vez que habitam locais úmidos, por exemplo, os musgos.
A reprodução desse grupo ocorre através do processo de metagênese, ou seja, possui uma fase sexuada, produtora de gametas, e outra assexuada, produtora de esporos.
Ademais, não possuem vasos condutores de seiva, o que as torna distintas dos outros grupos vegetais. Sendo assim, o transporte de nutrientes ocorre mediante um processo vagaroso de difusão das células.
Pteridófitas

De maior porte que as briófitas, esse grupo é formado por plantas que, em sua maioria, são terrestres e habitam locais com grande umidade. São exemplos do grupo: samambaias, avencas e xaxins.
Apresentam vasos condutores de seiva, raiz, caule e folhas e, da mesma maneira que as briófitas, a reprodução desses vegetais ocorre mediante uma fase sexuada e outra assexuada.
Quando o caule das pteridófitas é subterrâneo, denomina-se de rizoma. Já as epífitas são plantas que se apoiam em outras plantas, todavia, sem causar-lhes danos, como as samambaias e os chifres-de-veado.
Gimnospermas
O grupo das Gimnospermas é composto por uma grande variedade de árvores e arbustos de diversos portes. São plantas vasculares (presença de vasos condutores de seiva), que possuem raiz, caule, folha, flores e sementes. Alguns exemplos de gimnospermas: sequoias, pinheiros, araucárias, dentre outras.
A reprodução das Gimnospermas é sexuada. Ocorre a fecundação nos órgãos femininos pelo pólen, que é produzido pelos órgãos masculinos e transportado com o auxílio da natureza: vento, chuva, insetos, pássaros.
O que as difere do grupo das Angiospermas são principalmente suas sementes, visto que apresentam as chamadas sementes nuas, ou seja, não envolvidas pelo ovário.
Angiospermas
As Angiospermas são plantas vasculares (presença de vasos condutores) que habitam diferentes ambientes e representam um grupo muito variado, composto de vegetais de pequeno e grande porte. Vale lembrar que as angiospermas caracterizam o maior grupo do reino vegetal com aproximadamente 200 mil espécies.
São distintas das Gimnospermas na medida em que suas sementes são guardadas no interior do fruto. Sua reprodução é sexuada, e a fecundação ocorre com a presença do pólen masculino.
Reino Animal
O Reino Animal ou Animalia é composto por organismos heterótrofos, ou seja, aqueles que não produzem o próprio alimento, sendo portanto, uma característica muito marcante que os difere, por exemplo, do Reino Vegetal.
Em sua maioria, os seres que pertencem ao reino animal têm capacidade de locomoçãoe fazem reprodução sexuada. São classificados em diversos filos, sendo muitos deles animais invertebrados. Os animais vertebrados que possuem crânio, vértebras e coluna dorsal pertencem ao Filo dos Cordados.
São organismos eucariontes e pluricelulares. O desenvolvimento embrionário determina características importantes para sua classificação, todos os animais possuem o estágio da blástula no seu desenvolvimento.
Características do Reino Animal
- Eucariontes: células com núcleo diferenciado, ou seja, envolvido por membrana.
- Heterótrofos por ingestão: necessitam ingerir outros seres vivos, pois não produzem o próprio alimento;
- Pluricelulares: corpo formado por muitas células;
- Aeróbicos: respiram o oxigênio que tiram do ar ou da água, conforme o meio em que vivem;
- A reprodução é sexuada, ou seja, envolve a união de gametas. Mas alguns invertebrados fazem de modo assexuado.
- Não possuem celulose e clorofila (aclorofilados);
- Possuem tecidos e órgãos, com exceções dos filos mais simples como os Poríferos;
- Presença da blástula: esfera de células, oca, com líquido no interior. É a segunda fase de segmentação das células no desenvolvimento embrionário depois da formação do zigoto (mórula-blástula-gástrula-nêurula).
- Presença de Celoma: é uma cavidade embrionária presente em todos os vertebrados, sendo que os platelmintos são pseudocelomados e os poríferos não possuem;
- A maioria dos animais têm simetria bilateral: duas metades do corpo simétricas. Também pode acontecer a simetria radial (vários planos longitudinais a partir do centro do corpo, exemplo: equinodermos) ou ainda ausência de simetria (esponjas).
Filos do Reino Animal
O reino animal é dividido em diversos filos, sendo os principais: poríferos, cnidários, platelmintos, nematódeos ou nematelmintos, anelídeos, equinodermos, moluscos, artrópodes e cordados (vertebrados).
Animais Vertebrados
Os animais vertebrados são pertencentes ao Filo dos Cordados (Chordata), marcados pela presença da medula espinhal e coluna vertebral. São divididos em 5 classes, a saber:
Peixes: Corpo coberto por escamas e respiração branquial (retiram oxigênio da água). Não controlam a temperatura do corpo(pecilotérmicos). Exemplos: dourado, arraia, tubarão.
Anfíbios: Animais que dependem da água na fase larval (respiração branquial) e passam por uma metamorfose corporal na vida adulta e adquirem a respiração pulmonar, é o caso dos sapos, rãs, pererecas e salamandras. São pecilotérmicos.
Répteis: Possuem respiração pulmonar e corpo coberto de escamas ou carapaça. Podem viver na água ou na terra e são pecilotérmicos. Exemplos: tartarugas, jacarés e lagartos.
Aves: Corpo coberto de penas e respiração pulmonar, controlam a temperatura do corpo (homeotérmicos). Exemplos: galinha, avestruz, ema, pinguim, papagaio, beija-flor.
Mamíferos: Presença de pelos, homeotérmicos e respiração pulmonar, as fêmeas alimentam os filhotes por glândulas mamárias. Exemplos: seres humanos, gatos, cachorros, morcegos.
Animais Invertebrados
Os animais invertebrados são representados por inúmeros filos com características bem diferentes, mas todos são pluricelulares e não possuem parede celular, a saber:
Poríferos: Animais primitivos de água doce ou salgada. São organismos que não possuem órgãos, nem capacidade de locomoção e a reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Exemplos: esponjas.
Cnidários: Vivem em água doce ou salgada e alguns deles possuem capacidade de locomoção enquanto outros são sésseis(fixos). Uma característica que os torna peculiares é que os cnidários possuem os “cnidócitos”, ou seja, células urticantes. Alguns exemplos são os corais, as anêmonas e águas vivas (medusas).
Platelmintos: Possuem corpo achatado e podem ser de vida livre ou parasitas. Exemplo: tênias, solitárias, esquistossomos e planárias.
Nematódeos ou nematelmintos: Possuem corpo cilíndrico e podem ser de vida livre ou parasitas (humanos e de plantas). Exemplo: lombrigas, oxíuros e outros vermes.
Anelídeos: Possuem corpo segmentado, composto de anéis. Vivem em habitats úmidos na terra e nas águas doces ou salgadas. Exemplos: minhocas, poliquetas e sanguessugas.
Equinodermos: Animais marinhos com presença de exoesqueleto calcário e sistema hidrovascular. O corpo deles possui simetria pentarradial (5 lados iguais). Exemplos: pepinos-do-mar, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar.
Moluscos: Animais de corpo mole com presença de concha, pode ser interna (lulas e polvos) ou externa (caramujos, mexilhões) que habitam água (doce ou salgada) e terras úmidas. Exemplo: mexilhões, polvos, lulas, lesmas, ostras, caramujos.
Artrópodes: Os artrópodes compreendem um filo muito diversificado. São caracterizados pelo corpo segmentado e presença de exoesqueleto de quitina. Os principais são:
- Insetos: borboletas, abelhas, baratas, moscas;
- Aracnídeos: aranhas, ácaros, escorpiões, carrapato;
- Miriápodes: centopeia, lacraias, gongolos;
- Crustáceos: lagostas, caranguejos, siris, camarões.
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
VÍRUS
Algumas infecções, como a gripe, dengue, AIDS, são causadas por vírus. Os vírus são parasitas obrigatórios dos seres vivos. Isso porque eles não conseguem multiplicar seu material genético se não estiverem dentro de um organismo. Não são considerados seres vivos por não realizarem funções vitais característicos dos seres viventes e nem terem células e nem organização celular (são chamados de acelulares). Porém, esse debate sobre os vírus estarem vivos ou não tem se expandido por conta de algumas pesquisas atuais que dizem que eles são um tipo muito simples e antigo e vida.
Os vírus são divididos entre retrovírus (os que possuem RNA como material genético) e adenovírus (os que possuem DNA como material genético). Eles são muito pequenos e simples, capazes de infectar as menores bactérias conhecidas. Quando estão fora do ambiente intracelular, eles são seres inertes. Mas, quando infectam alguma célula, injetam seu material genético que é capaz de se replicar de forma muito rápida.
Os vírus podem assumir várias formas diferentes.
A partícula viral é denominada de vírion, ela é composta por: Núcleo, capsídeo e envelope.
REINOS SIMPLES (REINO FUNGI)
Reino Fungi
Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa. Os fungos saprófagos são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a reciclagem de nutrientes.
No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por outros organismos.
Apesar desse aspecto positivo da decomposição, os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de madeira utilizada em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios prejuízos econômicos. Os fungos parasitas provocam doenças em plantas e em animais, inclusive no homem.
As micoses que aparecem comumente nos homens são doenças provocadas por fungos. As mais comuns ocorrem na pele, podendo-se manifestar em qualquer parte da superfície do corpo.
São comuns as micoses do couro cabeludo e da barba (ptiríase), das unhas e as que causam as frieiras (pé-de-atleta).
As micoses podem afetar também as mucosas como a da boca. É o caso do sapinho, muito comum em crianças. Essa doença se manifesta por múltiplos pontos brancos na mucosa.
Existem, também, fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo causador da histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.
REINOS SIMPLES (REINO PROTISTA)
Reino Protista
Locomoção, respiração, excreção, controle hídrico, reprodução e relacionamento com o ambiente, tudo é executado por uma única célula, que conta com algumas estruturas capazes de realizar alguns desses papéis específicos, como em um organismo pluricelular.
Segundo a classificação dos seres vivos em cinco reinos, um deles, o dos Protistas, agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. A célula de um protista é semelhante às células de animais e plantas. Ocorrem cílios e flagelos para a locomoção. A célula do protozoário tem uma membrana simples ou reforçada por capas externas proteicas.
Obs:
Os radiolários e heliozoários possuem um esqueleto intracelular composto de sílica.
Os foraminíferos são dotados de carapaças externas feitas de carbonato de cálcio.
Os protistas podem ainda ter adaptações de forma e estrutura de acordo com o seu modo de vida: parasita, ou de vida livre.
O citoplasma está diferenciado em duas zonas, uma externa, hialina, o ectoplasma, e outra interna, granular, o endoplasma. Nesta, existem vacúolos digestivos e inclusões.
Os protozoários constituem um grupo de eucariontes com cerca de 20 mil espécies. É um grupo diversificado, heterogêneo, que evoluiu a partir de algas unicelulares. Em alguns casos essa origem torna-se bem clara, como por exemplo no grupo de flagelados. Os protozoários são, na grande maioria, aquáticos, vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra úmida.
REINOS SIMPLES (REINO MONERA)
Reino Monera
O reino monera é formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias, todos seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica.
As bactérias são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e inclusive no interior de muitos seres vivos.
Exemplos da importância das bactérias:
Agentes que provocam doença no homem;
Em processos industriais;
No ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas;
Em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias;
Estrutura das Bactérias
Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. A célula bacterianas contém os quatro componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o único cromossomo bacteriano.
A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser denominada nucleóide. Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular (membrana esquelética, de composição química específica de bactérias).
É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não ligada ao cromossomo bacteriano - espalhados pelo hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para resistência a antibióticos.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
ESPECIAÇÃO
As especiações podem ser entendidas como processos que levam à formação de novas espécies. Elas ocorrem em virtude das diferenças surgidas no genoma de populações diferentes de uma mesma espécie que ocasionaram o isolamento reprodutivo e, consequentemente, o aparecimento de duas espécies diferentes. O isolamento reprodutivo consiste na incapacidade de os indivíduos trocarem os genes através do cruzamento.
Os mecanismos de especiação
A especiação possui quatro modos principais pelos quais ocorre, a serem explicados abaixo.
Especiação alopátrica
Quando o surgimento de novas espécies acontece por especiação alopátrica, entendemos que a população de determinada espécie foi dividida geograficamente. Isso pode acontecer, por exemplo, pelo surgimento de uma cadeia montanhosa no meio do habitat, fragmentando-o. Estando fisicamente isoladas, as populações vão se diferenciar genotípica ou fenotipicamente, uma vez que estão sujeitas a pressões seletivas diferentes.
Especiação peripátrica
Já no caso de especiação peripátrica, mais comum e simples, a separação geográfica acontece de forma que os indivíduos são isolados totalmente ou quase completamente. No entanto, existe um gargalo que faz com que uma das duas populações seja inferior à outra em quantidade
Especiação simpátrica
Nesse caso, as populações continuam ocupando a mesma área quando começam a divergir. Isso pode acontecer com insetos que tornam-se dependentes de plantas hospedeiras diferentes, mesmo que seja em uma mesma área. Além disso, esse tipo de especiação pode ser possível com a poliploidia, quando nem todos os organismos são reprodutivamente isolados.
Nesse caso, a barreira que criou-se entre as populações foi a reprodução, que pode ser por mecanismos pré-zigóticos, impedindo a fecundação, ou ainda pós-zigóticos, que podem até produzir descendência, mas essa será estéril. Como exemplode pós-zigóticos, podemos citar o cruzamento entre cavalos e jumentos, que origina em um animal não fértil.
Especiação artificial
A especiação artificial acontece devido à seleção de animais de pecuária, como por exemplo as ovelhas domésticas e o gado domesticado. No entanto, a forma como são criados não são tão claros, por exemplo, as ovelhas foram criadas por meio de hibridação e não produzem descendentes férteis. Já o gado domesticado consegue reproduzir mesmo dentro das suas variedades.
Darwinismo
Darwinismo é um termo prático que se refere aos estudos desenvolvidos por Darwin e sua implicação nos estudos do meio ambiente, do processo evolutivo dos seres vivos e da própria organização da vida no planeta.
Darwin, através dos estudos realizados por Malthus, sabia que o potencial de crescimento das populações é muito maior do que o potencial do meio ambiente em gerar recursos para manter e alimentar os indivíduos, assim concluiu que haveria uma competição entre os mesmos, sendo que aqueles que apresentam variações que favoreçam sua sobrevivência serão os que conseguirão deixar maior número de descendentes.
Assim, ao analisar as taxas de reprodução e de mortalidade em diversas populações e ao comprovar esses dados experimentalmente, haveria indivíduos que por serem diferentes sobreviveriam e se reproduziriam com maior sucesso, passando assim suas características. Após vários anos, em ocorrência desse favorecimento, associado a essa característica apresentada, encontraríamos um maior número de indivíduos descendentes desse indivíduo mais apto.
Os indivíduos que apresentassem características menos favoráveis encontrariam dificuldade para competir, reproduzir e sobreviver. Dessa forma, através da seleção natural, os indivíduos com características desfavoráveis tenderiam a quase desaparecer com o passar dos tempos.
Em qualquer população encontraremos indivíduos diferentes, seja internamente, seja externamente. Essas variações podem ocorrer através, por exemplo, de mutações ao acaso, aleatórias, e que, quando da reprodução desse indivíduo, essas informações são transmitidas aos descendentes.
Entretanto, uma vez que os recursos do ambiente são limitados e não podem suportar o crescimento infinito de uma população, a ideia da competição entre indivíduos de uma mesma espécie explicaria por que alguns sobrevivem e porque outros morrem. Assim, quem se alimenta e vive mais tem, consequentemente, maiores chances de se acasalar e deixar mais descendentes. O Darwinismo é um mecanismo que provoca contínuas mudanças em populações de seres vivos.
terça-feira, 17 de maio de 2016
Lamarck e o mecanismo evolutivo
Lamarck, naturalista francês, foi o primeiro a propor uma teoria sintética da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, no livro Filosofia Zoológica. Ele dizia que formas de vida mais simples surgem a partir da matéria inanimada por geração espontânea e progridem a um estágio de maior complexidade e perfeição.
Em sua teoria, Lamarck sustentou que a progressão dos organismos era guiada pelo meio ambiente: se o ambiente sofre modificações, os organismos procuram adaptar-se a ele.
Nesse processo de adaptação, um ou mais órgãos são mais usados do que outros. O uso ou o desuso dos diferentes órgãos alterariam características do corpo, e estas características seriam transmitidas para as próximas gerações. Assim, ao longo do tempo os organismos se modificariam, podendo dar origem as novas espécies.
Segundo Lamarck, portanto, o princípio evolutivo estaria baseado em duas leis fundamentais:
Lei do uso ou desuso: no processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem;
Um exemplo clássico da lei do uso e do desuso é o crescimento do pescoço da girafa. Segundo Lamarck: Devido ao esforço da girafa para comer as folhas das arvores mais altas o pescoço do mesmo acabou crescendo.
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: alterações no corpo do organismo provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes.
Vários são os exemplos de abordagem lamarquista para a evolução. Um deles se refere às aves aquáticas, que se teriam tornado pernaltas devido ao esforço que faziam para esticar as pernas e assim evitar molhar as pernas durante a locomoção na água. A cada geração esse esforço produziria aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas.
Em sua teoria, Lamarck sustentou que a progressão dos organismos era guiada pelo meio ambiente: se o ambiente sofre modificações, os organismos procuram adaptar-se a ele.
Nesse processo de adaptação, um ou mais órgãos são mais usados do que outros. O uso ou o desuso dos diferentes órgãos alterariam características do corpo, e estas características seriam transmitidas para as próximas gerações. Assim, ao longo do tempo os organismos se modificariam, podendo dar origem as novas espécies.
Segundo Lamarck, portanto, o princípio evolutivo estaria baseado em duas leis fundamentais:
Lei do uso ou desuso: no processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem;
Um exemplo clássico da lei do uso e do desuso é o crescimento do pescoço da girafa. Segundo Lamarck: Devido ao esforço da girafa para comer as folhas das arvores mais altas o pescoço do mesmo acabou crescendo.
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: alterações no corpo do organismo provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes.
Vários são os exemplos de abordagem lamarquista para a evolução. Um deles se refere às aves aquáticas, que se teriam tornado pernaltas devido ao esforço que faziam para esticar as pernas e assim evitar molhar as pernas durante a locomoção na água. A cada geração esse esforço produziria aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas.
Conceito de Adaptação
As adaptações que os diversos organismos vivos possuem são um aspecto central no estudo da biologia. Todas as características que adequam os seus possuidores a algo, geralmente, são ditas adaptativas e permitem que os seres vivos desenvolvam uma certa harmonia com o ambiente, ajustando-se, assim, para a sua sobrevivência em um determinado local.
Uma adaptação é qualquer característica ou comportamento natural evoluído que torna algum organismo capacitado a sobreviver e a se reproduzir em seu respectivo habitat.
Como regra geral, essas adaptações são resultados do processo de seleção natural ao longo de várias gerações seguidas de mudanças, devido a diferentes níveis de aptidão (ou valores adaptativos) conferidos por variações genotípica aleatórias em algum caractere, sendo tais variações herdáveis. Desse modo, a seleção natural irá agir favorecendo o indivíduo que apresente maior aptidão.
Este exemplo, clássico em livros textos e didáticos, ilustra a um exemplo de um mecanismo de mudanças na frequência dos alelos, ocorrido entre espécies de mariposas Biston betularia, durante a revolução industrial na Inglaterra.Esta espécie de mariposa é polimórfica, ou seja, apresentam vários genes alelos para uma determinada característica, e isto fenotipicamente se expressa em mariposas de dois tipos a variedade melânica (escura) e a variedade não-melânica (clara). A variedade melânica é determinada por um gene e a cinza por um alelo diferente, sendo o gene da forma melânica não dominante sobre o não-melânico.
O caranguejo da costa asiática (Hemigrapsus sanguineus) é uma espécie invasora na Nova Inglaterra, que se alimenta do mexilhão azul nativo. Recentemente, foi observado que os mexilhões, quando detectam caranguejos asiáticos, desenvolvem escudos mais grossos para impedir os caranguejos de comê-los.
Este comportamento é difícil para os mexilhões, e por isso é fortemente regulamentado. O fator evolutivo aqui é que apenas os mexilhões de regiões onde os caranguejos asiáticos são endêmicos engrossam suas costas. Os de outras regiões não detectam os caranguejos como uma ameaça.
Uma adaptação é qualquer característica ou comportamento natural evoluído que torna algum organismo capacitado a sobreviver e a se reproduzir em seu respectivo habitat.
Como regra geral, essas adaptações são resultados do processo de seleção natural ao longo de várias gerações seguidas de mudanças, devido a diferentes níveis de aptidão (ou valores adaptativos) conferidos por variações genotípica aleatórias em algum caractere, sendo tais variações herdáveis. Desse modo, a seleção natural irá agir favorecendo o indivíduo que apresente maior aptidão.
- O caso das Mariposas Biston betularia
Este exemplo, clássico em livros textos e didáticos, ilustra a um exemplo de um mecanismo de mudanças na frequência dos alelos, ocorrido entre espécies de mariposas Biston betularia, durante a revolução industrial na Inglaterra.Esta espécie de mariposa é polimórfica, ou seja, apresentam vários genes alelos para uma determinada característica, e isto fenotipicamente se expressa em mariposas de dois tipos a variedade melânica (escura) e a variedade não-melânica (clara). A variedade melânica é determinada por um gene e a cinza por um alelo diferente, sendo o gene da forma melânica não dominante sobre o não-melânico.
- Mexilhões e carangueijos
O caranguejo da costa asiática (Hemigrapsus sanguineus) é uma espécie invasora na Nova Inglaterra, que se alimenta do mexilhão azul nativo. Recentemente, foi observado que os mexilhões, quando detectam caranguejos asiáticos, desenvolvem escudos mais grossos para impedir os caranguejos de comê-los.
Este comportamento é difícil para os mexilhões, e por isso é fortemente regulamentado. O fator evolutivo aqui é que apenas os mexilhões de regiões onde os caranguejos asiáticos são endêmicos engrossam suas costas. Os de outras regiões não detectam os caranguejos como uma ameaça.
Evolução Biológica e Pool Genético
Dá-se o nome de Biologia Evolutiva ao ramo da ciência que se ocupa com o estudo do processo evolutivo de organismos. Evolução nada mais é que o conjunto de transformações perpassadas por uma espécie desde sua origem, e em alguns casos, até sua extinção.
A biologia evolutiva se incumbe de explicar a variabilidade das espécies, bem como o conjunto de transformações que tais espécies sofrem com o passar do tempo, tomando como base alguns princípios evolutivos. Tais princípios foram propostos pelos naturalistas Jean-Batiste Lamarck, e depois por Charles Darwin.
A biologia evolutiva surge e se consolida através de perguntas, dúvidas relacionadas à evolução das espécies. Os estudos em evolução foram largamente repelidos pela Igreja, que acredita na teoria criacionista, ou seja, tendo Deus como criador de tudo o que existe, confronto entre ciência e religião que permeia até nos dias de hoje.
Atualmente, mesmo com a gama de pesquisas desenvolvidas para sanar tais dúvidas, muitas perguntas ainda carecem de resposta, e que, se respondidas muito contribuíram para o entendimento da vida no Terra.
A biologia evolutiva se incumbe de explicar a variabilidade das espécies, bem como o conjunto de transformações que tais espécies sofrem com o passar do tempo, tomando como base alguns princípios evolutivos. Tais princípios foram propostos pelos naturalistas Jean-Batiste Lamarck, e depois por Charles Darwin.
A biologia evolutiva surge e se consolida através de perguntas, dúvidas relacionadas à evolução das espécies. Os estudos em evolução foram largamente repelidos pela Igreja, que acredita na teoria criacionista, ou seja, tendo Deus como criador de tudo o que existe, confronto entre ciência e religião que permeia até nos dias de hoje.
Atualmente, mesmo com a gama de pesquisas desenvolvidas para sanar tais dúvidas, muitas perguntas ainda carecem de resposta, e que, se respondidas muito contribuíram para o entendimento da vida no Terra.
POOL GENÉTICO
O pool genético, fundo genético ou pool de genes de um tipo ou população é o conjunto completo de alelos únicos que podem ser encontrados no material genético de cada um dos indivíduos vivos desta espécie ou população. Outra definição semelhante estabelece que pool de genes é a totalidade dos genes de uma determinada população sexual. O pool genético para o locus A consiste de todos os alelos para este locus na população. A frequência genética do alelo A1 é a proporção de todos os alelos no pool genético que são A1.
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